Ação do MPTO requer que Estado regularize e assuma os serviços de UTI do HRA
Irregularidades praticadas pela empresa Queiroz e Lima Plantonistas e Socorristas SC/LTDA na gestão dos serviços de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional de Araguaína (HRA), apuradas após inspeções realizadas pela 5ª Promotoria de Justiça de Araguaína, levaram o Ministério Público do Tocantins (MPTO) a requerer o afastamento da empresa.
Atualmente, a terceirizada executa os serviços das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) I e II daquele hospital. O pedido de afastamento consta em Ação Civil Pública com pedido de liminar, ajuizada nesta terça-feira, 25.
A ação também pleiteia que o Estado do Tocantins regularize os serviços no prazo de 15 dias, assumindo a prestação direta da atividade e mantendo em funcionamento os 20 leitos de UTI da unidade hospitalar.
Durante as fiscalizações do Ministério Público, foram constatadas graves e recorrentes irregularidades no Hospital de referência da região norte do Tocantins, como a falta de medicamentos, materiais e de insumos; insuficiência de profissionais da equipe multidisciplinar para atender à demanda, o que provoca o subdimensionamento de recursos humanos.
Também há falta de pagamento a servidores e fornecedores e racionamento de itens básicos com estoque crítico, como fraldas, luvas, gaze, antibióticos e até lençóis, resultando em graves prejuízos à assistência dos pacientes internados.
As inadequações também têm repercutido diretamente no crescimento da taxa de mortalidade, que subiu de 39% (em novembro de 2023), no início da prestação de serviços da atual terceirizada, para 50,22% (em abril de 2024) e 50,9% (em maio de 2024).
De acordo com a ação proposta pelo MPTO, a empresa Queiroz e Lima não poderia gerenciar as UTIs de Araguaína, mesmo mediante requisição administrativa, pois não preenche os requisitos de qualificação econômico-financeira e de capacidade técnica para prestar o serviço de alta complexidade.
A Promotora de Justiça Bartira Silva Quinteiro ressaltou que, apesar de a requisição administrativa ser temporária, tem perdurado por longo tempo, mesmo após alteração do contexto que fundamentou a requisição e de todas as irregularidades comprovadas em inspeções, as quais são de conhecimento do Estado, que se manteve inerte quanto à adoção de providências concretas para solucionar os graves problemas.
Notícias Relacionadas

Encontro do Fórum Tocantinense de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos está com as inscrições abertas

Encontro do Fórum Tocantinense de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos está com as inscrições abertas
Legislação

MPTO participa de reunião online do Fórum Nacional de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos e Transgênicos

MPE sedia III Encontro Estadual do Fórum Tocantinense de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos
Comissão Temática 2: de Impactos à Saúde, ao Meio ambiente e de Alternativas Sustentáveis (agroecologia e produção orgânica)