Concurso do Estado: MPTO defende que candidatos ao cargo de professor sejam nomeados para cidades onde as vagas não foram preenchidas e aguarda pronunciamento da Seduc
O Ministério Público do Tocantins (MPTO) manifestou-se sobre o concurso público realizado pelo Estado em 2023 para o cargo de professor da educação básica, defendendo a possibilidade jurídica de candidatos excedentes ou em cadastro de reserva serem nomeados para municípios onde as vagas não foram preenchidas.
Conforme o entendimento do Ministério Público, a nomeação de candidato para uma cidade diferente daquela para a qual se inscreveu não contraria nenhum item do edital do concurso, não gera prejuízo aos candidatos e ainda prestigia o cumprimento da regra constitucional do concurso público.
A manifestação do MPTO também menciona precedente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), referente ao RMS n. 23.427/MS, favorável ao aproveitamento da lista de classificados e de cadastro de reserva para preenchimento das vagas necessárias à administração, com a finalidade de atender ao interesse público.
O posicionamento do MPTO ressalva que o preenchimento das vagas deve observar as notas dos candidatos e sua posição na lista. Também é mencionado que deve partir do candidato a definição de ser nomeado para município diferente do qual se inscreveu, podendo ele, caso não faça essa opção, permanecer na lista regular de espera.
É ressaltado ainda que todos os candidatos submeteram-se ao mesmo exame e prestaram concurso para o mesmo cargo de professor estadual, bem como que existe sentença judicial com trânsito em julgado que privilegia o concurso público e que declara nulas as contratações temporárias realizadas pelo Estado para o cargo de professor. Essa decisão, enfatiza o Ministério Público, ainda não foi cumprida integralmente pelo poder público.
A manifestação do MPTO é assinada conjuntamente pelos promotores de Justiça Vinícius de Oliveira e Silva (da área de Patrimônio Público) e Jacqueline Orofino da Silva Zago de Oliveira (da área da Educação).
O documento foi encaminhado, no dia 10 deste mês, para o secretário estadual da Educação, Fábio Vaz; e para a procuradora-geral do Estado, Irana de Sousa Coelho Aguiar e o MPTO aguarda a manifestação de ambos.
Notícias Relacionadas

MPTO aciona justiça para garantir qualidade da água em Novo Acordo
Patrimônio Cultural

Atuação do MPTO resulta em declaração de inconstitucionalidade de lei estadual

Audiência Pública do MPTO em Guaraí debate qualidade da educação em quatro municípios

MPTO recomenda medidas imediatas para evitar riscos à segurança em unidades de ensino do Estado

Audiência Pública promovida pelo MPTO debaterá transporte escolar em Arraias e região