Seminário promovido pelo MPTO apresentou metas e experiência exitosa para o acolhimento de crianças e adolescentes que precisam ser afastadas da família
“A meta é que, até 2025, 20% das crianças e adolescentes que precisam ser afastados do convívio com os pais sejam acolhidos pelo serviço Família Acolhedora”, declarou a especialista em políticas do Ministério de Desenvolvimento e Assistência Social, Ana Angélica Campelo, durante a palestra proferida no Seminário Estadual sobre Acolhimento Familiar, promovido pelo Ministério Público do Tocantins (MPTO) e realizado nesta terça-feira, 11, em Palmas.
A palestrante explicou sobre os parâmetros para a implantação e funcionamento dos serviços de Família Acolhedora e destacou que a Rede de Garantia de Direitos das Crianças e Adolescentes deve se comprometer com a implementação da política pública que visa proteger integralmente crianças e adolescentes, até que seja possível a reintegração familiar segura ou, na sua impossibilidade, encaminhamento para adoção.
Ana Angélica exemplificou sobre as formas de execução do Sistema Família Acolhedora, que podem ser: direta, implementada pelo órgão público de assistência social; indireta, promovido por organização da sociedade civil; e regionalizada, onde os municípios se reúnem para realizar o serviço.
Como exemplo de execução por meio de organização da sociedade civil, a vice-coordenadora do Programa Aconchego, Júlia Salvagni, contou sobre sua experiência com o Sistema Família Acolhedora no Distrito Federal.
“Começamos com 20 famílias acolhedoras que receberam crianças de zero a seis anos, as quais estavam afastadas de suas famílias de origem. Em cinco anos de trabalho, aumentamos para 65 vagas. No decorrer desse tempo, 128 crianças puderam evitar o abrigamento em instituições e receberam cuidado, proteção e carinho em Famílias Acolhedoras”, celebra.
O primeiro Seminário Estadual sobre Acolhimento Familiar, realizado pelo MPTO, finalizou com um debate, onde os participantes, representantes de diversos municípios e da rede estadual, incluindo gestores da área de assistência social, técnicos, conselheiros tutelares e conselheiros dos direitos da criança e do adolescente, fizeram perguntas e sanaram dúvidas sobre o Sistema Família Acolhedora. (Shara Alves de Oliveira/MPTO)