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MPE intervém para criação do S.I.M nas cidades tocantinenses

Atualizado em 24/01/2012 14:56

Denise Soares

Ministério Público Estadual (MPE) foi procurado pela Secretaria Estadual de Agricultura (Seagro) para intervir junto aos municípios tocantinenses com vistas à criação do Serviço de Inspeção Municipal (S.I.M). Na manhã desta terça-feira, 24, o Diretor de Segurança Alimentar da Seagro, Reinaldo Soares, e o Secretário Executivo, Ruiter Pádua, estiveram reunidos com o coordenador do Centro Operacional de Apoio às Promotorias de Justiça (Caop) do Consumidor, Procurador de Justiça José Omar de Almeida Júnior, para falar sobre a importância da parceria com o MPE.

De acordo com informações da Seagro, 95% das cidades tocantinenses ainda não possuem legislação municipal, o que inviabiliza o controle da qualidade dos produtos de origem animal como carne, ovos, leite e seus derivados, entre outros. Com o Serviço de Inspeção Municipal (S.I.M), empresas e empreendedores que se adequaram às exigências sanitárias vigentes em legislação específica recebem certificado atestando qualidade e higiene em seu processo de produção.

Reinaldo Soares alerta que, além de beneficiar os consumidores com produtos de procedência reconhecida, a criação do serviço é uma forma de incentivar as pequenas empresas e empreendedores a saírem da clandestinidade. “A prefeitura investe em sanidade, e o empreendedor investe no município”, disse. Outro problema constatado pela falta do S.I.M é a impossibilidade de os produtores comercializarem produtos para os Programas de Aquisição de Alimento, obrigando as escolas, por exemplo, a adquirirem produtos de fora. “Grande quantidade de recursos está voltando para o Governo Federal porque nossos produtores estão impossibilitados de fornecer”, acrescentou Ruiter Pádua.

Ciente do déficit financeiro enfrentado pelos municípios, a proposta do governo é de que sejam criados consórcios, onde várias prefeituras podem se unir para criarem o S.I.M.  “Cada município terá sua Lei Municipal, mas a inspeção será administrada pelo consórcio, que terá estrutura adequada para atender a todos os consorciados, diminuindo assim os custos”, esclareceu o diretor de  Segurança Alimentar.

O Procurador de Justiça José Omar de Almeida Júnior comprometeu-se a unir forças, já que o MPE tem poder legal para cobrar o cumprimento das exigências sanitárias. “É importante ressaltar que o Ministério Público Estadual está aberto a fazer parcerias com todas as Instituições, visando adequações dos produtores às normas sanitárias e assegurando que o produto final oferecido ao cidadão esteja de acordo com as leis de consumo”, disse.