Construção de fluxo interinstitucional para lidar com desaparecidos avança em mais uma reunião no Ministério Público do Tocantins
Em mais um passo para o enfrentamento do desaparecimento de pessoas no Tocantins, o Ministério Público do Tocantins (MPTO) coordenou reunião nesta quarta-feira, 20, para dar continuidade à construção de um fluxo de trabalho integrado entre diversas instituições. O encontro contou com a participação de representantes das Secretarias de Saúde do estado e de Palmas, da Segurança Pública e do Hospital Geral de Palmas (HGP).
Como resultado do encontro, foi criado um grupo de trabalho com os participantes. A tarefa designada a cada órgão é desenhar seu fluxo atual de atendimento, identificar os pontos de interseção com outras instituições e propor um fluxo ideal que promova a integração.
Um novo encontro já está agendado para o dia 15 de setembro, com o objetivo de consolidar as propostas e oficializar um fluxo interinstitucional que envolva todos os atores que atuam nos casos de desaparecimento de pessoas no estado.
Necessidade urgente
A coordenadora do Centro de Apoio Operacional do Consumidor, da Cidadania, dos Direitos Humanos e da Mulher (Caoccid) e promotora de Justiça, Cynthia Assis de Paula, reiterou que a questão dos desaparecidos não é um problema exclusivo da segurança pública. "Este é um fenômeno complexo que depende diretamente da participação e colaboração de todos os setores envolvidos, incluindo saúde e assistência social", destacou.
Os membros da segurança pública reforçaram a necessidade urgente da criação de um fluxo interinstitucional, apontando que, sem essa organização, torna-se extremamente difícil apresentar uma solução satisfatória para os crescentes casos de desaparecimento.
A iniciativa dá seguimento a uma articulação iniciada pelo MPTO em julho, motivada pelo alarmante dado de 589 vítimas de desaparecimento no Tocantins, no último ano. A atuação em rede busca otimizar recursos, agilizar a comunicação e garantir uma resposta mais eficiente e humana às famílias que enfrentam o drama de ter um ente querido desaparecido.
Participantes
O MPTO foi representado por membros do Caoccid e também do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e contou ainda com representantes das seguintes instituições: Secretaria Estadual de Segurança Pública; Delegacia Especializada de Polícia Interestadual, Capturas e Desaparecidos, Delegacia Geral da Polícia Civil do Estado do Tocantins; Instituto Médico-Legal; Instituto de Criminalística; Instituto de Identificação; Hospital Geral de Palmas; Unidades de Pronto Atendimento de Palmas (Norte e Sul); Centros de Atenção Psicossocial – Caps I, Caps II e Caps AD de Palmas; Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, e Corpo de Bombeiros Militar.
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