Ações educativas para enfrentamento da violência sexual infantil são intensificadas pelo MPTO
Em uma série de ações articuladas no sul do Tocantins, o Ministério Público do Estado do Tocantins (MPTO) reforçou seu compromisso com a proteção da infância e da adolescência por meio de atividades educativas e mobilização comunitária. O promotor de Justiça Jorge José Maria Neto esteve à frente das iniciativas realizadas entre os dias 19 e 21 de maio, nos municípios de Araguaçu e Sandolândia, como parte de uma campanha de combate à violência sexual contra crianças e adolescentes.
As ações integram o calendário do Maio Laranja, mês dedicado à conscientização sobre o enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes, e refletem a prioridade institucional do MPTO em atuar de forma preventiva e educativa, sobretudo em áreas mais vulneráveis do estado.
“As ações do Maio Laranja são essenciais para enfrentar a violência sexual contra crianças e adolescentes, porque atuam na base: a prevenção e a conscientização. Focamos nesse público justamente por ser o mais vulnerável e, ao mesmo tempo, o mais receptivo à formação de uma cultura de proteção”, ressaltou o promotor.
Na segunda-feira, 19, em Araguaçu, a programação teve início com uma caminhada que reuniu estudantes, educadores e representantes da gestão escolar municipal. Durante o percurso, panfletos informativos foram entregues à população, orientando sobre sinais de abuso e canais de denúncia, como o Disque 100.
“É urgente que a sexualidade seja abordada de forma transversal nos currículos escolares, conforme prevê a própria Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), mas infelizmente ainda há resistência em muitas instituições de ensino, o que dificulta a construção de um espaço de diálogo aberto, responsável e formativo”, destacou Jorge Neto.
No dia seguinte, 20, em Sandolândia, foram promovidas duas sessões de palestra com participação de alunos da rede pública, na câmara municipal. As apresentações, realizadas nos turnos da manhã e da tarde, destacaram a importância da prevenção e da atuação em rede.
“A mobilização conjunta entre escolas, famílias e Ministério Público não é apenas desejável, é indispensável. Só com essa atuação articulada, conseguimos construir um ambiente onde a informação circule, os sinais de violência sejam identificados com agilidade, e a rede de proteção funcione como deve: prevenindo, acolhendo e responsabilizando”, concluiu o promotor.
Encerrando a agenda, na quarta-feira, 21, o promotor foi recebido pela comunidade escolar da Escola Municipal Aldenora Mendes Mascarenhas, novamente em Araguaçu. Em conversa com alunos, os professores e a equipe pedagógica reforçaram a atuação do Ministério Público como agente garantidor dos direitos infantojuvenis, reiterando o papel das instituições que integram a rede de proteção e a importância do diálogo contínuo entre escola e família.
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