MPTO realiza vistoria em UTI do Instituto Sinai em Araguaína para averiguar possíveis irregularidades
O Ministério Público do Estado do Tocantins (MPTO), por meio da 5ª Promotoria de Justiça de Araguaína, realizou vistoria na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Instituto Sinai, naquela cidade. A ação foi motivada por denúncias recebidas pelo MPTO sobre possíveis irregularidades na assistência prestada aos pacientes internados na UTI da unidade de saúde.
A vistoria ocorreu dia 4 de dezembro e foi conduzida pela promotora de Justiça Bartira Quinteiro Silva, com o apoio do Centro de Apoio Operacional da Saúde (CaoSaúde) do MPTO. A equipe do Ministério Público verificou a estrutura física da UTI, a disponibilidade de materiais e insumos, as condições de limpeza e higiene, e a documentação relacionada à padronização dos procedimentos.
Constatações
Durante a inspeção, a equipe constatou que a unidade possui estrutura física, materiais, insumos e condições de higiene adequadas. A documentação de padronização de procedimentos também foi apresentada.
No entanto, foram observadas ausências importantes, como a falta do médico intensivista de rotina (responsável pelas auditorias e pela integração da equipe multiprofissional). Também foi constatada a falta de qualificação técnica da equipe, conforme exigido em normas específicas que regulamentam a unidade de terapia intensiva, e a possível sobrecarga de trabalho do profissional responsável pela vigilância de eventos adversos, controle de infecção, treinamentos e outros procedimentos relevantes para a segurança do paciente.
Informações prestadas
O diretor administrativo do Instituto Sinai, Luciano Braz, informou à equipe do MPTO que o diretor técnico e o responsável técnico pela farmácia estavam de férias no momento da vistoria. Ele também esclareceu que a unidade atende pacientes do SUS, do plano de saúde Servir e particulares, sem distinção na oferta de estrutura, serviços e diagnósticos. Entre os desafios apontados pela gestão da unidade, estão os atrasos nos pagamentos do SUS e do Servir, além da falta de leitos clínicos de retaguarda para pacientes regulados pelo SUS.
Próximas providências
O MPTO está analisando as informações e documentos coletados durante a vistoria para dar prosseguimento aos procedimentos cabíveis. A 5ª Promotoria de Justiça de Araguaína solicitou o envio de documentos adicionais que possam auxiliar na apuração dos fatos, como os registros de atendimento prestados aos familiares que fizeram as denúncias e demais informações relevantes sobre os procedimentos adotados com pacientes e familiares.
Notícias Relacionadas
Encontro do Fórum Tocantinense de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos está com as inscrições abertas
Encontro do Fórum Tocantinense de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos está com as inscrições abertas
Legislação
Ministério Público conduz audiência sobre o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos no Tocantins
MPTO participa de reunião online do Fórum Nacional de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos e Transgênicos
MPE sedia III Encontro Estadual do Fórum Tocantinense de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos