Homens que tentaram matar policiais em Campos Lindos, durante o atendimento de ocorrência, são condenados
Em sessão do Tribunal do Júri realizada nesta quarta-feira, 27, no Fórum de Goiatins, o Conselho de Sentença acatou as teses de acusação do Ministério Público do Tocantins (MPTO) e condenou dois homens, denunciados por tentar matar Jeovane Lopes Damasceno e os policiais militares Antônio Carneiro de Moraes e Eduardo de Sousa Martins, em Campos Limpos, em março de 2021.
Bruno Araújo do Nascimento Ferreira foi condenado a 21 anos e 11 meses de prisão, e Lizandro Tavares Noleto a 15 anos, 8 meses e 22 dias de reclusão. Os dois já respondiam ao processo presos e não terão o direito de recorrer em liberdade.
No julgamento, o promotor de Justiça Guilherme Deleuse relembrou a história do crime, narrando que no dia 13 de março, por volta da meia-noite, no centro do município de Campos Lindos, os réus tentaram matar a vítima Jeovane Lopes Damasceno, só não consumando o ato porque a vítima correu no momento dos disparos de arma de fogo.
Ele explicou ainda que as tentativas de homicídio contra os policiais militares aconteceram após eles atenderem a ocorrência contra Jeovane. Enquanto faziam a segurança da vítima, os policiais avistaram o veículo em que estavam os suspeitos e deram ordem de parada do veículo, mas os réus não obedeceram e empreenderam fuga.
Durante a perseguição, os suspeitos efetuaram vários disparos de arma de fogo contra a viatura, assumindo o risco de atingir os policiais militares, que revidaram aos ataques.
Iniciado o confronto, Bruno Araújo do Nascimento Ferreira fugiu do local, Lizandro Tavares Noleto foi atingido, socorrido e preso em flagrante, e Heitor Eduardo Morais Berlanda, que fazia parte do grupo, foi baleado e veio a óbito.
Considerando as circunstâncias do crime, o promotor de Justiça Guilherme Deleuse defendeu as teses de tentativa de homicídio simples contra Jeovane Lopes Damasceno, de duas tentativas de homicídio qualificado contra os policiais militares e de tráfico de drogas, totalizando quatro crimes.
(Shara Alves de Oliveira/MPTO)