Morte adolescente: MPE investiga suposta negligência no HGP
Denise Soares
Por meio de decisão judicial, o Ministério Público Estadual (MPE) conseguiu, no fim da manhã desta sexta-feira, 02, autorização para exumação do corpo do jovem Wellington G. R., de 12 anos, morto na última quinta-feira, possivelmente por infecção generalizada, como consta na certidão de óbito. A intenção do MPE é descobrir, exatamente, qual foi a causa da morte e até que ponto houve negligência médica.
Logo no início da manhã, os coordenadores do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça (CAOP) das áreas Criminal e da Cidadania, Procurador de Justiça Marco Antônio Alves Bezerra e Promotora de Justiça Maria Roseli de Almeida Pery, respectivamente, e o Promotor de Justiça da área criminal, Erion de Paiva Maia, reuniram-se com o diretor do HGP, Ronaldo Foloni, a fim de obter informações acerca da assistência prestada à vítima.
O caso chamou a atenção do MPE, ao ser repercutido pela imprensa local, em que o pai, Genival Gonçalves Pereira, acusa o Hospital Geral de Palmas (HGP) de não realizar atendimento adequado ao filho, que esperou mais de 15 horas em uma cadeira de rodas. O menino teria se machucado quando jogava futebol e reclamava de dores nas pernas e quadril. Antes de ser levado ao HGP, o mesmo teria dado entrada no Pronto Atendimento do Aureny I, onde foi medicado e mandado para casa.
Diante dos fatos, foi instaurado um inquérito policial e os membros buscaram, de imediato, ordem judicial para exumação do corpo, além de requisitar ao hospital a escala de plantão dos profissionais da saúde, a relação dos profissionais que prestaram assistência, o prontuário do menor, a classificação de risco do Pronto-Socorro na ocasião em que Wellington esteve no local, o relatório da comissão de revisão do óbito e o laudo de verificação do óbito.
Também esteve no MPE, para prestar mais esclarecimentos, o coordenador do Serviço de Verificação de Óbito da Sesau, Arthur Alves Borges de Carvalho. O corpo do adolescente se encontra no Instituto Médico Legal (IML) da capital e ainda não há previsão de liberação para enterrá-lo novamente.