Roda de Conversa promovida pelo MPTO discute o papel das instituições na luta antirracista
Promover a reflexão sobre o papel do Sistema de Justiça e suas instituições na busca pela igualdade racial foi o objetivo da roda de conversa promovida pelo Ministério Público do Tocantins (MPTO) na última sexta-feira, 18, em celebração ao Dia da Consciência Negra. O evento também marcou o início da campanha “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher”.
O evento reuniu representantes do MPTO, da Defensoria Pública do Estado (DPE), Polícia Civil (PC), Polícia Militar (MP), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/TO) e Universidade Católica do Tocantins, que abordaram sobre racismo, enfrentamento ao preconceito e discriminação, e luta pela igualdade.
A promotora de Justiça Isabelle Figueiredo, coordenadora do Centro de Apoio Operacional do Consumidor, da Cidadania, dos Direitos Humanos e da Mulher (Caoccid), abriu as discussões destacando que as instituições, a academia e sociedade civil devem se unir para o combate ao racismo e promoção da igualdade entre as pessoas.
O professor Osnilson Rodrigues Silva ressaltou a importância de as instituições de ensino desenvolverem a educação antirracista. “A academia deve combater o racismo, assim como a discussão sobre a igualdade das raças deve ser uma prática constante nas salas de aula”, enfatiza.
Colaborando com a discussão, o delegado da Polícia Civil José Lucas Melo da Silva falou que todos devem reconhecer a importância do combate ao racismo para a promoção da paz. “A Polícia Civil está mudando a visão sobre esse tipo de crime. Como resultado, está alterando a atribuição das delegacias para tratar esse tipo de delito de modo mais especializado”.
Já a representante da Comissão de Igualdade Racial da OAB/TO, Edilma Barros da Silva, levou para a discussão a situação da mulher negra no Tocantins. “Para nós, todo dia é dia de enfrentamento às violências sofridas e de luta para ocupar os espaços”, destaca.
O porta-voz da Polícia Militar, major Marcos Ribeiro Morais, explicou que umas das funções da corporação é garantir os direitos humanos da população negra. “É muito importante para nós participarmos das discussões sobre o combate ao racismo. O diálogo entre as instituições contribui para melhorarmos a atuação”.
Por fim, o defensor público Arthur Luiz Pádua Marques abordou sobre a prática racista contra as comunidades quilombolas. “As instituições devem se unir para elaborar e executar políticas públicas de igualdade, principalmente para o povo quilombola”, finalizou.
A Roda de Conversa foi promovida pelo Centro de Apoio Operacional do Consumidor, da Cidadania, dos Direitos Humanos e da Mulher (Caoccid) e pelo Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional – Escola Superior do Ministério Público (Cesaf-ESMP).
21 Dias de Ativismo
A roda de conversa “A consciência negra por um olhar transversal: uma reflexão sobre o papel do Sistema de Justiça e suas instituições na busca pela igualdade” foi o ponto inicial da campanha “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher”. (Shara Alves de Oliveira/MPTO)