Direitos da mulher são tema de palestra do Caocid em Nova Olinda

Daianne Fernandes

“Mais direitos, participação e poder para as mulheres”, esse foi o tema de evento realizado na cidade de Nova Olinda, na última terça-feira, 8 de março. O evento, organizado pela secretaria de Ação Social do município, contou com a participação da Coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Cidadania, Direitos Humanos e Mulher do Ministério Público Estadual (MPE), Promotora de Justiça Thaís Cairo, entre outras autoridades.

A Promotora proferiu uma palestra sobre o tema do evento. Entre os diversos assuntos abordados, tiveram destaque os 12 direitos da mulher segundo a Organização das Nações Unidas (ONU): o direito à vida; à liberdade e à segurança pessoal; à igualdade e a estar livre de todas as formas de discriminação; à liberdade de pensamento; à informação e à educação; à privacidade; à saúde e à proteção; a construir relacionamento conjugal e a planejar sua família; a decidir ter ou não ter filhos e quando tê-los; aos benefícios do progresso científico; à liberdade de reunião e participação política; e a não ser submetida a tortura e maus-tratos.

“Se observarmos bem, esses são direitos inerentes ao ser humano e é um absurdo imaginar que precisamos de uma lista como essa, mas se ela existe é porque os direitos das mulheres não estão sendo respeitados”, enfatizou.

A história de exclusão das mulheres; o porquê da criação do dia 8 de Março, a legislação atual e a importância da criação de leis como a Maria da Penha e a lei do feminicídio, além de problemas como violência de gênero e violência doméstica foram ressaltados.

Thaís Castro finalizou a palestra frisando que para promover a igualdade entre gêneros e combater a violência contra as mulheres é necessária uma mudança cultural e de educação. E conclamou a todos para que sejam agentes ativos desta mudança. “Somos mais da metade da população e mãe da outra metade. Precisamos educar nossos filhos para uma mudança de postura e um novo olhar em relação à mulher”, enfatizou.

“A mulher precisa ter espaço em todas as áreas, porque lugar de mulher não é na cozinha é onde ela quiser. Pode até ser na cozinha, mas se ela quiser”, finalizou.