Ministério Público do Tocantins discute adoção tardia
Adoção tardia foi o tema de um seminário realizado no último dia, 02, em Palmas, e que reuniu representantes de diversas entidades e instituições, entre elas o Ministério Público do Estado do Tocantins (MPTO). As discussões trouxeram à tona a gravidade do tema, já que das 8,7 mil crianças e adolescentes aptas para adoção em todo o país, mais de 70% têm idade entre 6 e 17 anos. O evento aconteceu no auditório da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Tocantins (Faet).
De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), embora o número de pretendentes registrado no Cadastro Nacional de Adoção ultrapasse 46 mil pessoas, 77,79% preferem adotar crianças de até 5 anos.
Representando o MPTO, o coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça da Infância, Juventude e Edução (Caopije), promotor de Justiça Sidney Fiori Júnior, participou do painel “Adoção tardia na Justiça Brasileira: velhos e novos desafios”.
Também fizeram parte dos debates mulheres que adotaram, expondo a experiência de serem mães de filhos adotivos. Ambas criticaram a burocracia, que na maioria das vezes prejudica as crianças.
Os outros dois paneis foram: O ordenamento brasileiro e as adoções tardias; e Caminhos para efetivar o direito à família de crianças e adolescentes. Ao final do debate, foi formado o Grupo de sobre Adoção Tardia, que conta com membros de diferentes órgãos interessados em encontrar solução para esse grave problema.
Também participaram do evento a deputada estadual Amália Santana; o defensor público Geral do Tocantins, Fábio Monteiro, a juíza da 3ª Vara Cível de Porto Nacional, Hélvia Túlia Sandes Pereira; a defensora pública da 2ª Defensoria da Família, Infância e Juventude de Porto Nacional, Elisa Maria de Souza Falcão Queiroz; a jornalista Roberta Tum e outros. (com informações da Ascom/Kátia Abreu)