Acadêmicos de direito da Ulbra participam da 2ª edição do projeto “Ministério Público nas Universidades”

O enfoque do Ministério Público como agente transformador de realidade social foi tema de encontro realizado entre promotores de Justiça e acadêmicos de direito, na manhã desta sexta-feira, 30, na sede do Ministério Público do Tocantins (MPTO). O bate-papo faz parte do projeto “Ministério Público nas Universidades”, que está na sua segunda edição, e que traz mensalmente estudantes do ensino superior para conhecerem o trabalho da instituição.

Desta vez, os acadêmicos foram recebidos pelos promotores de Justiça Zenaide Aparecida da Silva e Konrad Wimmer, ambos com atuação na área da infância e juventude. Os membros discorreram sobre um projeto desenvolvido nas escolas municipais da capital denominado “Cultura MP”, que tem como propósito mobilizar e sensibilizar a sociedade para a promoção da saúde mental de crianças e adolescentes, utilizando a cultura do Hip Hop como ferramenta de diálogo.

Falar sobre desenvolvimento do projeto “Cultura MP” aos estudantes do ensino superior, segundo Zenaide, é demonstrar a nova concepção do Ministério Público brasileiro, que vai além de fiscal da ordem jurídica. Segundo ela, o MP se insere como agente de transformação, pois ao se deparar com um problema concreto, costura soluções. “É uma evolução constitucional, pois à medida que a sociedade muda, o Ministério Público também muda. E agora ele se modifica também na forma de trabalhar, pois atua preventivamente evitando os problemas, transformando aqueles potenciais riscos em soluções”.

O espaço foi aberto para que os estudantes pudessem tirar dúvidas e, ao final da exposição, eles disseram estar surpresos ao conhecer o outro lado do Ministério Público. “Até então a sociedade tem entendimento de que o Ministério Público é apenas um órgão acusador, porém ele também é protetor. Neste caso concreto, ele protege a criança e o adolescente. Foi muito gratificante vir aqui hoje e ver que tem um projeto que está sendo desenvolvido justamente para pessoas que são consideradas invisíveis para a sociedade”, declarou Layla Alves Cunha.

O estudante Jerlei Adriano também compartilhou do mesmo sentimento. “Eu fui pego de surpresa, pois ao vir pra cá, não esperava ouvir sobre um projeto social, ainda mais em se tratando de cultura hip hop, pouco conhecido no meio social”, finalizou.

“O Ministério Público nas Universidades” é um projeto do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Cesaf).