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29/08/2018

Mesa-redonda no MPE encerra discussões do seminário sobre a pessoa idosa


O Ministério Público Estadual (MPE) realizou nesta terça-feira, 28, na sede da instituição, o Seminário “A Pessoa Idosa na Perspectiva do Envelhecimento Ativo e Saudável – Uma Política Pública Intersetorial”. O encontro reuniu especialistas na área, pessoas idosas e representantes de instituições que trabalham com esse grupo para discutir o processo de envelhecimento e apresentar suas variadas dimensões e políticas públicas necessárias.


O seminário foi realizado por meio do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Cesaf), do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa de Palmas (COMDIPI) e da Associação dos Membros do Ministério Público em Defesa dos Direitos dos Idosos e Pessoas com Deficiência (AMPID).


Durante o evento, foram proferidas três palestras relacionadas com a política pública setorial. O Seminário foi encerrado com uma mesa-redonda mediada pela Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa, Simone Fontenelle da Silva, e com a participação do Presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa (CNDI), Rogério Luiz Barbosa Ulson, do Promotor de Justiça do Ministério Público do Estado do Maranhão, Augusto Cutrim, e representantes de Conselhos de Política Pública e de Direitos.


Na ocasião, a presidente do Conselho Municipal de Assistência Social, Erika Rodrigues Lustosa, destacou alguns dos maiores problemas enfrentados pelos idosos, como a violência doméstica e a exclusão de participação na sociedade, e apontou o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) como um dos espaços de acolhimento dos mais velhos. “O CRAS é a porta de entrada para a proteção social básica dos idosos e permite a inclusão deles na assistência social. Pensar em lugares como esse é ter um olhar totalmente singular e individual em relação ao idoso, que deve ter à sua disposição políticas públicas para a garantia de direitos”, afirma Érika.


O Promotor de Justiça do Ministério Público do Estado do Maranhão, Augusto Cutrim, ressaltou o despreparo do Judiciário para o tratamento das questões dos idosos, que acabam gerando as chamadas violências institucionalizadas. Assim, reforçou a importância da atuação do Ministério Público em debater estas políticas públicas nos municípios e estados.“O nosso desafio é destravar essa burocracia, esse olhar negligente pela pessoa idosa, em todos os aspectos”, destaca Cutrim

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Ao final, os participantes puderam fazer perguntas aos presentes na mesa e destacaram as reclamações e demandas do público idoso, como ausência de abrigos para esse público com condições básicas de dignidade.