MPE se manifesta pela manutenção da prisão preventiva de integrantes de quadrilha especializada em roubo de equipamentos oftalmológicos

Denise Soares com informações da Ascom SSP/TO

Em audiência de custódia realizada na tarde desta quarta-feira, 01, no Fórum de Palmas, o Ministério Público Estadual (MPE), por meio da 1ª Promotoria de Justiça da Capital, manifestou-se pela manutenção da prisão preventiva de dois dos cinco presos acusados de integrar uma quadrilha especializada em roubo de equipamentos oftalmológicos. A quadrilha foi desarticulada nesta terça-feira, 31, e quarta-feira, 01, por meio de uma operação empreendida pela Polícia Civil do Tocantins, denominada “Bartimeu”.

O Promotor de Justiça André Ramos Varanda acompanhou de perto o desenrolar de toda a investigação, iniciada no mês de fevereiro, e também manifestou-se favorável à quebra de sigilo telefônico, pedidos de prisão preventiva e de busca e apreensão. Segundo ele, a audiência de custódia aconteceu com apenas dois dos acusados, porque os outros três, dois presos em Goiás e um no Estado de São Paulo, estão sendo transferidos para a cidade de Palmas. “O fundamento da manutenção da prisão foi de que desde o decreto da prisão preventiva até a presente data, não surgiu nenhuma alteração da situação jurídica dos presos em virtude da inexistência de novos fatos”, justificou o Promotor de Justiça.

Informações SSP

De acordo com a delegada titular da Deic, Liliane Albuquerque, que coordenou as investigações, a polícia civil instaurou o inquérito policial em fevereiro deste ano, após serem registradas várias ocorrências de furto de equipamentos oftalmológicos no estado desde dezembro de 2015. “Descobrimos que, além do Tocantins, a quadrilha atuava em outros cinco estados da federação: Pará, Maranhão, Piauí, Bahia e Goiás”, afirma a delegada.

O delegado adjunto da Deic, Vinícius Mendes, responsável pela operação, conta que parte dos integrantes da quadrilha furtava os equipamentos nas clínicas e os entregava a Marcos Vinícius Fonseca Tavares, 32 anos, em Cristalândia. Depois, este enviava os produtos a Samir David Abdalla Junior, 31, em São Paulo. “Samir possui uma empresa especializada na venda desse tipo de produto. Ele vendia os equipamentos roubados através de um perfil em uma rede social”, conta o delegado.

A polícia civil suspeita que a quadrilha tenha agido em mais de cinco municípios do Tocantins. “Antes de praticar o crime, eles iam até a clínica, marcavam uma consulta e aproveitavam para verificar o tipo de fechadura e travas das portas dos estabelecimentos. Durante a noite, se deslocavam até as Clínicas, arrombavam e subtraíam os equipamentos, em ações curtas que duravam poucos minutos”, completa o delegado Vinícius Mendes.

Bruno Milhomens Rocha, 26, e Lucas Conceição Ferreira Lima, 21, foram presos em Goiás; Marcos Vinícius Fonseca Tavares, em Cristalândia (TO) e Rafael Moreno do Vale, 35, em Paraíso (TO). Foram cumpridos, ainda, um mandado de busca e apreensão em Cristalândia, e outro em São Paulo. Nesta cidade, as equipes da Deic e do GOTE do Tocantins, bem como a polícia civil de São Paulo, prenderam o receptador Samir David Abdalla Junior.

As investigações continuam com o intuito de descobrir se houve participação de outras pessoas nos crimes. A operação teve apoio das equipes da polícia civil dos estados do Pará, Piauí e São Paulo.