MPE denuncia acusados de tráfico de drogas e armas em Paranã
Denise Soares
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado e a Promotoria de Justiça de Paranã ofereceram nesta terça-feira, 01, denúncia criminal em desfavor de oito acusados de integrar quadrilha de tráfico de armas e drogas no município de Paranã. Os acusados, entre eles um policial militar, foram presos no início de fevereiro, durante operação empreendida pelo Ministério Público Estadual (MPE) e polícia civil.
João Neto Paulino Batista, Vitor Paulo Ferreira Araújo, Francivaldo Gomes de Oliveira, Jhone de Oliveira, Jucélio Santos Francisco da Costa, Orlando Cunha dos Santos, Fernando Pinto de Abreu e Emival Cezário Passos (3º sargento da Polícia Militar) foram denunciados por associação ao tráfico, crime previsto no art. 33 do Código Penal Brasileiro.
Na denúncia, o Ministério Público requereu também a conversão das prisões temporárias em prisões preventivas até que os denunciados sejam levados a julgamento, tendo em vista a necessidade de segurança para a instrução criminal, já que os mesmos oferecem risco à garantia da ordem pública e da ordem econômica.
Investigações
De acordo com o coordenador do Gaeco, Promotor de Justiça Marcelo Ulisses Sampaio, após denúncias anônimas, o MPE deu início a uma investigação sobre a prática de tráfico de drogas na região. Entre outubro de 2014 e dezembro de 2015, com autorização judicial, foram realizadas interceptações telefônicas que comprovaram a associação de pessoas destinada ao tráfico de drogas e armas.
O grupo criminoso era comandado por João Neto Paulino Batista, conhecido como João Rato, que recebia e armazenava drogas e armas, e distribuía aos seus intermediários para venda na região. Ele mantinha uma pequena distribuidora de bebidas, onde ocorria a venda frequente de drogas.
Além de João Rato e do militar Emival Passos, outros três acusados foram detidos em Paranã, no Sudeste do Tocantins: Vitor Paulo Ferreira Araújo, Francivaldo Gomes de Oliveira e Orlando Cunha dos Santos.
Emival Passos, sargento da polícia militar, é apontado como responsável por informar os comparsas sobre batidas policiais e deixar de praticar ato de ofício.
Recambiamento
Nesta terça-feira, o MPE também requisitou a justiça o recambiamento para o Tocantins de Fernando Pinto de Abreu e Jucélio Santos Francisco da Costa que se encontram presos em Goiânia, onde as prisões ocorreram.