MPE abraça campanha pelo fim da violência contra a mulher
Daianne Fernandes
A Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres é uma mobilização anual, praticada simultaneamente por diversos atores da sociedade civil e poder público, entre eles o Ministério Público Estadual (MPE). O objetivo é envolver a sociedade tocantinense no Enfrentamento da Violência Contra a Mulher em todos os sentidos.
A ação é realizada em escala mundial e no Brasil, este ano, teve início em 18 de novembro, com a marcha das mulheres negras, e vai até o dia 10 de dezembro, data em que foi proclamada a Declaração Universal dos Direitos Humanos. No Tocantins, segundo a coordenadora do Núcleo Maria da Penha do MPE, Promotora de Justiça Flávia Sousa Rodrigues, a campanha dos 16 dias de ativismo é uma estratégia de mobilização de indivíduos e grupos ao redor do mundo para pedir a eliminação de todas as formas de violência contra as mulheres. O Núcleo Maria da Penha participará com fornecimento de material, mobilização nas mídias, palestras e outras ações da programação”, informou.
As atividades no Estado iniciam dia 20, com o lançamento, na imprensa, da campanha “Quem ama abraça”, e seguem até o dia 10 com a realização de blitz educativa, intervenções culturais, visitas a igrejas, templos e terreiros e um abraçasso no Parque Cesamar.
A programação ainda prevê um “Encontro com homens do Tocantins” no Comando Geral da PM e filmes no Sesc de Palmas com rodas de conversa ao final. O encerramento culmina com a abertura da Conferência Estadual de Direitos Humanos.
A campanha
Os 16 Dias de Ativismo começaram em 1991, quando mulheres de diferentes países, reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres (CWGL), iniciaram uma campanha com o objetivo de promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres no mundo. A data é uma homenagem às irmãs Patria, Minerva e Maria Teresa, que se posicionaram contrárias ao ditador Trujillo, ficando conhecidas como “Las Mariposas”, e sendo assassinadas em 1960, na República Dominicana.
Hoje, cerca de 150 países desenvolvem esta campanha. No Brasil, ela acontece desde 2003, por meio de ações de mobilização e esclarecimento sobre o tema.