Menu de acessibilidade. Ao pressionar a tecla tab você navegará pelos atalhos que permitem acessar áreas do site. Acessar conteúdo principal; Acessar formulário de pesquisa. Acessar mapa do site.

Corregedor-Geral levará demandas de correições ao conhecimento do Conselho Superior

Atualizado em 21/10/2013 17:42

Denise Soares


"As correições são importantes porque, por meio delas, podemos nos inteirar acerca dos trabalhos desenvolvidos pelos Promotores de Justiça junto à sociedade, além de aferir as reais dificuldades e problemas que os membros encontram no exercício de suas funções".


Com estas palavras, o Corregedor-Geral do Ministério Público do Tocantins, Clenan Renaut de Melo Pereira, abriu a semana de correições na região norte do Tocantins. Entre os dias 14 e 18 de outubro, as atividades aconteceram em 14 Promotorias de Justiça, sendo 12 em Araguaína e as demais nas cidades de Filadélfia e Goiatins.


Em Araguaína, além dos Promotores de Justiça e servidores da Instituição, a solenidade de abertura contou com a participação de representantes do Judiciário, Defensoria Pública, Segurança Pública, OAB, Conselho Tutelar, imprensa e da sociedade em geral. Todos puderam fazer suas considerações e apontamentos acerca da atuação ministerial na Comarca.


As Promotorias de Justiça de Araguaína são as que contam com o maior fluxo de processos no Tocantins, por isso, de acordo com os membros que atuam na comarca e representantes de outras instituições ligadas ao sistema de Justiça, a quantidade de Promotores de Justiça lotados na região já é considerada insuficiente. Apesar das limitações, a Promotora de Justiça Araína Cesárea D'Alessandro pontuou o quanto o Ministério Público caminhou nas duas últimas gerações e destacou as conquistas que obteve. "Mesmo diante de todas as dificuldades, as Promotorias de Justiça de Araguaína fazem um bom trabalho, porque a sociedade e a imprensa cobram resoluções e respostas para os problemas".


Nos três dias de inspeção, Clenan Renaut dispensou atenção a todos os membros que atuam na Comarca. Em conversas, ouviu sobre as demandas, conferiu a regularidade da atuação individual de cada Promotor de Justiça e também fez orientações quanto ao cumprimento das obrigações delineadas pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).


O mesmo protocolo foi adotado na Promotoria de Justiça de Filadélfia. Na Comarca, o Corregedor-Geral foi recebido pelo Promotor de Justiça Tarso Rizo. Em instalações cedidas pelo Fórum, o Promotor de Justiça ressaltou o bom relacionamento entre o MP e o Judiciário, que na medida do possível, tem colaborado com a boa atuação na localidade. Na audiência pública, representantes do Conselho Tutelar e da Câmara de Vereadores expuseram a problemática do grande número de crimes cometidos por menores infratores e questionaram outras medidas que poderiam ser adotadas para amenizar a situação.


As correições se encerraram na cidade de Goiatins no dia 18, sexta-feira. Por não contar com Promotor de Justiça titular há mais de dois anos, a Promotoria de Justiça é considerada atualmente uma das mais carentes do Estado. Atuando em substituição, o Promotor de Justiça Alzemiro Wilson Peres de Freitas tem se desdobrado para atender à localidade pelo menos uma vez na semana, já que é titular da Promotoria do Patrimônio Público em Araguaína.


Durante a audiência pública, prefeitos das cidades de Barra do Ouro e Campos Lindos, municípios que também integram a Comarca, apontaram a segurança pública como o maior problema da região, principalmente em virtude da insuficiência de efetivo policial nessas localidades, que não dispõem sequer de delegado e escrivão. Nesse sentido, o Promotor de Justiça comprometeu-se a adotar as medidas pertinentes ao Ministério Público a fim de resolver a situação. Quanto à falta de titular, o Corregedor-Geral acredita que até o início do próximo ano, um Promotor de Justiça deva ser encaminhado para a comarca, tendo em vista que está em fase de finalização o concurso público para membros.


Na avaliação do Corregedor-Geral, as correições foram de grande valia, pois possibilitaram conhecer de perto as demandas mais urgentes que impedem a realização do trabalho ministerial com excelência. O próximo passo, segundo ele, será levar todas as demandas ao conhecimento do Conselho Superior, para que possam ser definidas prioridades e adotadas as respectivas providências.