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Estudantes da Escola Rachel de Queiroz discutem tolerância e violência

Atualizado em 24/09/2013 15:50

João Lino Cavalcante



Dionilson Marcos da Costa tem apenas 15 anos mas já conhece bem o que significa a palavra de origem inglesa, mas que já faz parte do vocabulário de centenas de jovens brasileiros: bullying. Estudante do 1º ano do Ensino Médio, da Escola de Tempo Integral Rachel de Queiroz, localizada no bairro Jardim Aureny III, Dionilson, junto com seus colegas de turma, teve uma manhã diferente nesta terça-feira, 24 de setembro. Com uma linguagem simples, o Procurador de Justiça Marco Antônio apresentou para um grupo de 100 jovens a proposta do projeto ¿Conte até 10¿.


A proposta é estimular as pessoas a refletir e a buscar o autocontrole antes que cometam atos de violência. Uma iniciativa do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), desenvolvida em parceria com a Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp) o ¿Conte até 10¿ tem como alvo a redução de crimes que acontecem em função da banalização da violência, da falta de tolerância ou de uma ação impensada no momento de raiva. Daí a proposta de contar até dez e manter o controle.


¿Após levantamento sobre os motivos dos homicídios no Brasil, houve espanto. Muitos acreditavam que drogas seriam o maior motivo, mas a intolerância e banalidades são os motivos mais comuns de crimes de homicídios¿, revelou Marco Antônio. Segundo o Procurador, essa tensão é visível no trânsito da capital, quando diariamente se percebe o estresse dos motoristas, ¿por isso a campanha sugere que contemos até 10 antes de tomar uma atitude impensada¿.


¿Aqui temos brigas bobas, por coisas simples. Conversar sobre isso foi muito bom e pode ter 'aberto a cabeça' de muitos estudantes. Brigar não compensa nunca¿, afirmou Dionilson ao final da palestra. O estudante disse que é comum ver amigos que sofrem perseguição dos colegas por diferenças físicas, orientação sexual ou outra característica que destoe do resto do grupo.


A coordenadora de cultura e esportes da escola, professora Leizyane Marcelino dos Santos, revela que os jovens normalmente não têm muita paciência. ¿Brigam por besteira. Alguns alunos ameaçam até professores por causa de uma nota baixa. O bullying é um problema sério aqui na escola¿, conta a professora que agradeceu o apoio do Ministério Público do Tocantins em levar o tema para os alunos.


Para o Procurador Marco Antônio, é necessário ter perspectiva de vida, ambição. ¿A escola é fundamental neste processo de formação do caráter. O Conte até 10, além de orientar os jovens, ainda oferece uma cartilha com metodologias para serem aplicadas em sala de aula¿, finalizou o Procurador.