PGJ ministra palestra na 1ª Jornada Jurídica da Mulher Tocantinense
Junia Ferreira
Na manhã desta sexta, 8, no Palácio da Cidadania, uma mesa feminina em sua essência, após reforçado coffee break, deu o tom inicial à abertura oficial da 1ª Jornada Jurídica da Mulher Tocantinense - evento orquestrado pela seccional Tocantins da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/TO), em comemoração ao Dia Internacional da Mulher.
No auditório, após a composição da mesa, o presidente da OAB/TO, Epitácio Brandão, saudou as mulheres presentes, ressaltou a evolução do gênero feminino ao longo do tempo e convidou as advogadas tocantinenses a serem mais participativas junto à Ordem.
A advogada e estrategista mato-grossense e atuante em Curitiba/PR, Lara Cristina de Alencar Selen, ministrou a primeira palestra do dia abordando a temática "A mulher advogada e a reinvenção da advocacia". Para Lara, a advocacia propicia às pessoas o exercício da cidadania. "Através da advocacia a gente consegue dar apoio a outras pessoas e a mulher se utiliza do ingrediente sensibilidade na realização de suas tarefas", comenta a palestrante.
Em seguida iniciou sua palestra a Procuradora-Geral de Justiça, Vera Nilva Álvares Rocha Lira. A temática por ela explorada foi "A mulher e sua capacidade simultânea de atuar e laborar: a questão da ocupação dos cargos jurídicos de cúpula no Estado do Tocantins".
Além de ressaltar a história do sinistro que enseja a data comemorativa, a PGJ enumerou a evolução da mulher na consecução de seus direitos no Brasil e ressaltou que o grande passo evolutivo se deu quando o direito do gênero feminino ao voto foi garantido constitucionalmente, pois a partir desse momento a mulher adquiriu o poder de escolher e ser escolhida nas representações sociopolíticas.
Vera Nilva ressaltou também as múltiplas facetas e identidades que a mulher assume, em seu cotidiano: filha, mãe, amiga, namorada, esposa, profissional, jurista, etc. Segundo ela, essas identidades múltiplas possibilitam a comparação de cada mulher a uma abelha, um ser vivo que é, ao mesmo tempo, símbolo de ação e doçura.
Por fim, a PGJ versou sobre a carreira jurídica e os cargos políticos exercidos por mulheres no Brasil e no Tocantins. Para ela, este Estado tem recebido as mulheres de braços abertos, sem a mácula do preconceito, já que ao longo de sua evolução profissional e sua estadia aqui, sempre se sentiu incentivada a galgar espaços maiores.