Justiça acompanha manifestação do MPE e mantém prisão de PMs
Denise Soares
A Juíza de Direito Joana Augusta Elias da Silva indeferiu nesta quarta-feira, 20, o pedido de revogação de prisão preventiva dos seis Policiais Militares (PMs) suspeitos de compor um grupo de extermínio em Gurupi. A decisão da magistrada acompanha a manifestação do Ministério Público Estadual.
Na decisão, a Juíza alega que os motivos que ensejaram a decretação da prisão preventiva dos acusados continuam presentes. "Ademais, não sobreveio qualquer modificação fática na situação dos acusados, não tendo a defesa apresentado nenhum fato novo", disse a magistrada.
A prisão preventiva dos acusados foi decretada ainda no dia 25 de janeiro. No dia 28, o MPE protocolou denúncia criminal e requereu que os acusados sejam processados e condenados pelos crimes de homicídio qualificado, em concurso de pessoas, cometido no exercício da função, em razão disso, com abuso de autoridade.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), juntamente com uma força-tarefa composta de quatro Promotores de Justiça que acompanharam as investigações, concluiu que Heber Cleber de Rezende, Elizabeth Pereira Dias Oliveira, José Alberto Sousa Abreu da Mata, Marcelo Guimarães Barros, Amarildo Cordeiro Duarte e Elpides de Oliveira Silva executaram cinco jovens na cidade de Gurupi.
Os indícios de autoria dos crimes recaíram sobre os policiais após o depoimento de familiares das vítimas e de testemunhas. Os Promotores acreditam que as mortes foram revide aos assassinatos de dois policiais na cidade, Cabo Lins e Sargento Leosmar, ambos assassinados no ano passado.