Justiça determina prisão preventiva de PMs investigados pela morte de cinco jovens
Flávio Herculano
A juíza Gisele Pereira de Assunção Veronezi, da Comarca de Gurupi, determinou, na tarde desta quinta-feira, 24, a prisão preventiva dos seis policiais militares suspeitos de compor um grupo de extermínio com atuação naquele município.
A prisão preventiva foi requerida pelos delegados José Rérisson Macêdo, Liliane Albuquerque e Evaldo de Oliveira Gomes, com manifestação favorável do Ministério Público do Estado (MPE), formalizada também nesta quinta-feira.
Em sua decisão, a juíza justifica a permanência dos investigados em prisão pelo fato de que eles teriam "tentado tumultuar a instrução criminal, ameaçando testemunhas e destruindo provas. Inclusive, há suspeita de os supostos autores tenham executado uma das testemunhas do caso". Além disso, Gisele Veronezi fundamenta a decisão alegando a extrema gravidade dos vários homicídios praticados, principalmente porque os supostos agentes são policiais militares, pessoas que, por lei, são autorizadas a usar armas.
Nomes
Foi determinada a prisão preventiva dos PMs: cabos Elizabeth Pereira Dias Oliveira e Heber Cleber de Rezende, da equipe do GOC, e do sargento José Alberto Sousa Abreu da Mata e dos cabos Amarildo Cordeiro Duarte, Elpides de Oliveira Silva e Marcelo Guimarães Barros, integrantes do COE.
Denúncia
O Ministério Público do Estado tem até a próxima segunda-feira, 28, para oferecer à Justiça denúncia criminal contra os investigados.