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MPE recomenda adequações na Unidade de Semiliberdade de Araguaína

Atualizado em 23/04/2012 16:38

Luciana Duailibe


Uma nova inspeção realizada pelo Ministério Público Estadual (MPE) no último dia 13 detectou várias irregularidades na Unidade de Semiliberdade de Araguaína, destinada a jovens e adolescentes que cumprem medida socioeducativa. Dentre os principais problemas verificados, destacam-se a falta de equipe técnica (psicólogo e assistente social), segurança, higiene, de estrutura física adequada, além da ausência de projeto político-pedagógico.

Para Sidney Fiori Junior, Promotor de Justiça com atuação na área da Infância e Juventude de Araguaína, a falta de prioridade por parte do Estado em garantir as condições adequadas para funcionamento da Unidade compromete a efetivação dos direitos dos socioeducandos, além de contrariar o que dispõe o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Constituição Federal.

Outro problema apontado foi a falta de um programa de capacitação continuada dos profissionais que lidam diariamente com os adolescentes, sendo verificado que agentes egressos do sistema penitenciário têm iniciado o trabalho no local sem qualquer sensibilização ou orientação sobre o tratamento com esse público. Sidney ressalta ainda resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), segundo a qual os jovens em medida de semiliberdade devem   dispor de atividades educativas, de profissionalização e de lazer, a serem rigorosamente acompanhadas por uma equipe multidisciplinar e especializada, o que não se observa na Unidade.

Diante das constatações, o representante ministerial recomendou ao Secretário de Justiça e Direitos Humanos, Nilomar dos Santos Farias, providências no local para sanar todos os problemas verificados, estabelecendo o prazo de 10 dias para que o agente público dê uma resposta por escrito sobre o acatamento da recomendação.