Projeto prevê conscientização de agressores como forma de romper ciclo de violência doméstica e familiar
Flávio Herculano
Os órgãos integrantes da rede de proteção à mulher reuniram-se nesta sexta-feira, 29, para discutir execução de projeto proposto pelo Ministério Público Estadual (MPE) que visa desconstruir a cultura da violência doméstica e familiar a partir da conscientização dos agressores. Participaram representantes do Tribunal de Justiça, Ordem dos Advogados do Brasil, Polícia Civil, Polícia Militar, Secretaria Estadual da Cidadania e Justiça, Secretaria de Saúde de Palmas e do próprio MPE.
A metodologia do projeto prevê realização de encontros quinzenais com agressores, conduzidos por equipe multidisciplinar, com o objetivo de reverter o comportamento agressivo e, com isso, evitar casos de reiteração, o que seria base para mudança de comportamento e de paradigmas das relações entre homem e mulher.
O MPE prevê que o projeto se inicie na cidade de Palmas, em caráter experimental. Durante a reunião decidiu-se pela formação de comissão que discutirá os detalhes para a implementação do projeto.
O projeto foi proposto pelo Núcleo Maria da Penha, órgão do Ministério Público que tem como atribuições atuar no atendimento e acompanhamento das mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, promover a conscientização e o intercâmbio de informações, participar das políticas públicas da área, entre outras.
Coordenadora do Núcleo Maria da Penha, a Promotora de Justiça Jacqueline Orofino de Oliveira se disse otimista quanto ao projeto, por considerar que a mudança de mentalidade dos agressores é fundamental para a reversão do quadro de violência doméstica e familiar.
Acompanhou as discussões a Promotora de Justiça da Capital Flávia Souza Rodrigues que atua perante a Vara Especializada no Combate à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher.