MPE leva Projeto Anjos da Guarda a estudantes na região sul de Palmas
Independentemente de idade, cor, raça, religião ou classes sociais, várias mulheres já tiveram ou carregam uma história de violência: são sobreviventes de feminicídios, vítimas de estupro, tortura e décadas de agressões. No Ministério Público Estadual (MPE), o Núcleo Maria da Penha foi criado para oferecer o atendimento necessário a este público, mas também desenvolver trabalhos de prevenção à violência contra a mulher.
Um desses trabalhos é o Projeto Anjos da Guarda, que vem sendo desenvolvido em escolas da rede municipal de Palmas com o objetivo de levar informações sobre os mecanismos de proteção à mulher trazidos pela Lei Maria da Penha. Informações sobre como o agressor pode ser responsabilizado criminalmente, como identificar a violência e como pedir ajuda, dentre outras.
O projeto é desenvolvido pela Promotora de Justiça Thaís Cairo Sousa Lopes e pela equipe multidisciplinar do Núcleo: a pedagoga Leila Maria Lopes da Silva e a assessora jurídica Raíza Lanousse que, em uma linguagem jovem e dinâmica, ministram palestra sobre o tema, com apresentação de vídeos e contando histórias como a da própria Maria da Penha Maia Fernandes, farmacêutica que deu nome à Lei.
Nesta segunda-feira, 12, mais uma escola recebeu o projeto. Cerca de 300 alunos do Colégio Esportivo Militar do Corpo de Bombeiros (Cemil) Professora Margarida Lemos, no setor Lago Sul, participaram das atividades, onde a equipe abordou aspectos da diferença sociocultural e da relação de poder estabelecidas historicamente entre homem e mulher que geram a violência. “Quando não se toma providência, essa violência evolui de humilhações para ameaças, passa por lesões e lamentavelmente pode acabar em crime de homicídio”, enfatizou a pedagoga Leila Lopes.
No fim da palestra, cada aluno recebeu a cartilha “O enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher - Uma construção coletiva”, com a íntegra da Lei Maria da Penha, um folder informativo e um certificado de participação que os define como guardiões do lar. “Queremos estimular entre os estudantes a cultura da não violência em qualquer âmbito, principalmente dentro de casa, da escola, ajudando na sua formação e tornando-os mais conscientes e multiplicadores, verdadeiros Guardiões do lar”, afirma a pedagoga.