Na véspera do Dia da Consciência Negra, estudantes vão ao MPTO discutir combate ao racismo e desigualdades
Em alusão ao Dia da Consciência Negra, o Ministério Público do Tocantins (MPTO) realizou o "Fórum de Diálogos: Racismo Estrutural e Desafios da Desigualdade Social e de Gênero". O evento, que aconteceu no auditório da sede do MPTO em Palmas na manhã desta terça-feira, 19, reuniu estudantes do Colégio Estadual Batista Tocantínia e da Escola Maple Bear. O objetivo foi promover uma discussão profunda sobre temas como racismo, desigualdade social e violência contra a mulher, incentivando a reflexão e a ação entre os adolescentes.
A promotora de Justiça Cynthia Assis de Paula, coordenadora do Centro de Apoio Operacional do Consumidor, da Cidadania, dos Direitos Humanos e da Mulher (Caoccid) e do Núcleo de Atendimento às Vítimas (Navit) abriu o evento destacando sua importância. “O Ministério Público, em sua missão de zelar pelos direitos assegurados na Constituição, deve dialogar com as instituições de ensino para promover o debate sobre temas como o combate ao racismo, à violência contra a mulher e à desigualdade social”, afirmou.
A procuradora de Justiça Maria Cotinha Bezerra Pereira, primeira mulher negra a assumir a Procuradoria-Geral de Justiça do Tocantins, iniciou o debate fazendo uma análise histórica da escravidão no Brasil e seus impactos na sociedade atual. Maria Cotinha destacou a importância da luta contra o racismo para a construção de um futuro mais justo e igualitário. "Ver crianças e adolescentes, brancos, negros e indígenas, juntos para aprender sobre igualdade racial me enche de esperança no futuro do Brasil", afirmou.
A jornalista e ativista digital Maju Cotrim enriqueceu o debate, incentivando os estudantes a se tornarem agentes de transformação social na luta antirracista. Maju ressaltou o poder da representatividade negra na mídia e em outros espaços de poder para combater estereótipos e promover a igualdade racial.
O fórum também abriu espaço para a participação dos estudantes. Juan Darius Marques Ferreira, do Colégio Estadual Batista Tocantínia, compartilhou sua experiência: "Foi uma oportunidade única de aprendizado. Pude ouvir pessoas importantes, com muito conhecimento sobre o racismo, e entender como podemos combatê-lo", disse.
O estudante Marcos Goetten Souza, da Escola Maple Bear, demonstrou grande interesse pelo tema, fazendo perguntas e compartilhando o que tem aprendido em sala de aula. “É muito bom estar junto de pessoas que também se preocupam com a igualdade racial”, afirmou.
O fórum faz parte da programação dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher, promovida pelo MPTO. Coordenada pelo Caoccid, Navit e Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional - Escola Superior do Ministério Público (Cesaf-ESMP), a iniciativa busca conscientizar a sociedade sobre a importância do combate à violência de gênero e promover a reflexão sobre as complexas relações entre racismo, desigualdade social e violência contra a mulher.
(Texto: Shara Alves de Oliveira/ Cesaf-ESMP)
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