Com objetivo de elevar cobertura vacinal, MPTO articula cooperação e divulga informações sobre segurança e eficácia de imunizantes
As contas da Energisa já estão divulgando, aos moradores dos 139 municípios do Estado, informações a respeito da vacinação. As mensagens estão sendo inseridas nas faturas como forma de alertar sobre a importância de a população se imunizar e evitar a contaminação de doenças. A partir de março, os “avisos” serão inseridos também nas faturas de água.
Esta é uma das ações do projeto MP na Vacina, que prevê uma série de medidas e parcerias com objetivo de aumentar a cobertura vacinal no Estado do Tocantins. Todas as ações estão sendo articuladas pelo Centro de Apoio Operacional da Saúde (CaoSaúde), coordenado pela promotora de Justiça Araína Cesárea.
Para viabilizar a parceria com as concessionárias Energisa e BRK – Saneatins, foi assinado, no mês passado, um Termo de Cooperação Técnica, no qual, os parceiros se comprometem, pelo período de um ano, a divulgar mensagens nas contas de energia e água, a respeito da segurança e da eficácia das vacinas.
“Quanto mais informação levarmos à população, melhor. Alertar sobre a importância das vacinas é fundamental para aumentarmos os índices de imunização em todo o Estado do Tocantins”, afirmou a promotora de Justiça.
Mais ações
O ‘MP na Vacina’ atua em várias frentes e concederá um selo de reconhecimento aos municípios que se esforçarem para alcançar as metas de vacinação.
No início do ano, foram realizadas reuniões com secretarias municipais de Educação e com a Secretaria de Estado da Educação, para discutir a exigência da caderneta de vacinação atualizada no ato da matrícula dos estudantes.
Índices
As ações do Ministério Público foram intensificadas no ano passado, após o índice de cobertura vacinal ficar aquém do recomendado pelas autoridades de saúde pública. Em agosto de 2022, nove imunizantes aplicados em crianças de um ano de idade registravam cobertura bem abaixo da adequada.
BCG e Rotavírus, que deveriam imunizar 90% do público-alvo, haviam sido aplicadas em 83,7% e 80,8% das crianças, respectivamente.
Sete vacinas -- cujas coberturas adequadas seriam de 95% do total do público-alvo -- não haviam atingido nem 85% de imunização: Meningocócica C, Pentavalente, Pneumocócica 10v, Poliomielite (VIP), Febre Amarela, Tríplice Viral e Hepatite A. (João Pedrini/MPTO)