Em audiência no MPTO, gestores da saúde do Estado prestam esclarecimentos sobre fechamento de portões no HGP há duas semanas
O Ministério Público do Tocantins (MPTO) realizou na última sexta-feira, 26, audiência administrativa com representantes da Secretaria de Estado da Saúde (SES) para discutir a medida de contingenciamento à superlotação implantada no Hospital Geral de Palmas (HGP) que resultou no fechamento dos portões do pronto atendimento no dia 13 de novembro.
A reunião foi designada pelo promotor de Justiça Thiago Ribeiro, titular da 19ª Promotoria de Justiça da Capital, que atua na área da saúde pública.
O promotor de Justiça André Varanda, que estava de plantão no dia em que foram fechados os portões do HGP, participou do encontro e afirmou que a decisão dos gestores de saúde poderia ter resultado no óbito dos pacientes que necessitavam de atendimento.
Questionado pelo motivo que levou à iniciativa, o secretário de Estado da Saúde, Afonso Piva, informou que foi comunicado, via documento emitido pelo diretor técnico do HGP, no dia anterior, que a medida foi tomada em razão da superlotação de setores do hospital, como a sala vermelha e a Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Segundo ele, a unidade não tinha condições de receber novos pacientes que não se enquadravam no público de atendimento do HGP e que, mesmo assim, eram encaminhados erroneamente para a unidade de saúde. Esclareceu que, apesar do bloqueio do portão do pronto atendimento, os pacientes passavam por triagem e aqueles que não tinham condições clínicas para retornar às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Unidades Básicas de Saúde (UBS) e hospitais de pequeno porte, eram atendidos no hospital.
O intuito, nas palavras do secretário, foi diminuir a superlotação no HGP e proporcionar qualidade na prestação do serviço de saúde aos pacientes e que, no período de 24 horas, o número de pessoas no corredor da unidade hospitalar foi reduzido em 50%.
Ampliação de leitos
Por fim, foi relatado que está prevista a ampliação de 20 leitos de Unidade de Terapia Intensiva no estado para os próximos 15 dias, no sentido de dobrar o número de leitos de UTI no HGP.